Autor: cooperacre

  • Pandemia do coronavírus afeta mercado da castanha-do-brasil

    Pandemia do coronavírus afeta mercado da castanha-do-brasil

    Publicado em 04/06/20 

    Com as medidas de isolamento físico, impostas pela pandemia do coronavírus, cooperativas agroextrativistas reduziram suas atividades, com impactos na comercialização da castanha-do-brasil (também conhecida como castanha-do-pará), principal produto extrativista do Acre. O preço da lata (unidade de medida da castanha), que já apresentava sinais de queda no mercado local, reduziu para menos da metade do valor praticado em 2019, nessa mesma época, e muitos extrativistas não conseguiram vender toda a produção coletada.

    Segundo estimativas da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), era esperado um valor de mercado da castanha em 2020 inferior ao da safra do ano passado, em razão dos estoques existentes nas cooperativas e usinas de beneficiamento, o que fez diminuir a procura pelo produto. Com a pandemia do coronavírus, os impactos foram maiores. 

    Rozinei Brito, morador da Reserva Extrativista Chico Mendes, município de Epitaciolândia (AC), reconhece os impactos da pandemia. Para garantir a saída do produto coletado, ele chegou a comercializar a lata de castanha a 14 reais. “Esse preço não compensa nosso trabalho. É um dia pra juntar os ouriços, outro dia pra quebrar e outro pra recolher. Por isso, muitos extrativistas decidiram abandonar a atividade”, conclui.

    O comerciante Jonas do Nascimento é vendedor de castanha no município de Brasileia (AC) e relembra que o preço começou a declinar logo no início da pandemia. “A gente compra na expectativa de comercializar para o mercado internacional. No ano passado, cheguei a vender a lata de castanha a 64 reais. Agora o preço está muito baixo. Se tivesse procura, a gente comprava do extrativista por um preço melhor”, esclarece. 

    Desafios do mercado

    Para se ter ideia dos desafios impostos ao mercado da castanha pela pandemia, a Cooperacre, principal indústria de beneficiamento de castanha no Acre, reduziu em 60% a capacidade de compra de seus associados. Com 220 funcionários, além da castanha, atua também com beneficiamento de polpas de fruta e látex de seringueira.

    “A Cooperacre comprava, em média, de quatro a cinco milhões de quilos de castanha in natura. Em 2020, compramos 200 mil latas, o que representa dois milhões e duzentos mil quilos, menos da metade do volume adquirido em anos anteriores”, afirma Manoel Monteiro, presidente da empresa. 

    Diante do cenário de incertezas, de acordo com Monteiro, a cooperativa tem comprado somente a castanha necessária para atender contratos firmados há mais de cinco anos. “Compramos mediante a demanda. Estamos com dificuldades para vender e buscar um preço melhor para a castanha. Não estocamos o produto porque não sabemos se terá saída”, explica. 

    Infraestrutura

    Em meio à crise do setor, uma importante lição: o planejamento da safra e a adoção de boas práticas no armazenamento da castanha podem assegurar a venda e evitar perdas econômicas na atividade. Se por um lado a pandemia do coronavírus impactou as relações de mercado, por outro evidencia a necessidade de planejar a comercialização do produto e organizar os estoques de maneira adequada, para assegurar a venda em médio ou longo prazo. Nesse sentido, a estruturação da cadeia extrativista é tão importante quanto a adoção de boas práticas.

    No Seringal Porvir, na Reserva Extrativista Chico Mendes, 40 famílias são beneficiadas pelo projeto Castanhal, executado pela Associação Wilson Pinheiro, em parceria com a Embrapa Acre e o Projeto Bem Diverso. Em desenvolvimento desde março de 2018, o projeto investe em ações para melhoria da infraestrutura de coleta da castanha, como a construção de armazéns para garantir procedimentos adequados de estocagem da produção, e da logística de transporte da castanha coletada.

    “O principal objetivo do projeto é contribuir com a estruturação da atividade. A comunidade Porvir é referência em manejo de castanha, trabalho que vem sendo apoiado por diversos estudos da Embrapa, mas os extrativistas não conseguiam fazer o manejo de boas práticas, conforme foram capacitados, porque não contavam com armazém individual, nem com meios para transportar a produção e buscar um mercado diferenciado”, explica Lúcia Wadt, pesquisadora da Embrapa.

    A Associação Wilson Pinheiro administra dois armazéns comunitários para estocar a castanha coletada, mas era preciso que cada extrativista tivesse seu próprio armazém para fazer a secagem do produto de forma adequada e evitar contaminação por fungos, decorrente da alta umidade da região. O projeto Castanhal construirá 40 armazéns, um para cada família, com capacidade individual para estocar 540 sacas de castanha. Desse total, 23 já foram entregues.

    O modelo utilizado para a construção dos armazéns foi desenvolvido por pesquisadores da Embrapa. A estrutura de madeira é revestida com tábuas e possui tela na parte superior, para facilitar a circulação de ar e a secagem da castanha com casca, que deve ser revolvida com regularidade até reduzir os níveis de umidade. Segundo pesquisas sobre as Boas Práticas no Manejo da castanha, em condições adequadas, o produto pode permanecer armazenado por vários meses ou até a próxima safra, o que permite ao extrativista aguardar para obter melhores preços no mercado. 

    Coletivo da Castanha 

    A formação de uma rede de comunicação e compartilhamento de informações referentes à pesquisa, produção e comercialização da castanha tem ajudado extrativistas do Acre e outros estados a encontrar alternativas para lidar com os desafios da cadeia produtiva. Criado pelo Projeto Bem Diverso, em 2017, o Coletivo da Castanha reúne lideranças agroextrativistas, indígenas, quilombolas e agricultores familiares, além de assessores técnicos e pesquisadores de diversas organizações que trabalham com a produção da castanha. A troca de informações entre os diversos atores é facilitada pelo uso do WhatsApp.

    A pesquisadora Lúcia Wadt destaca, como diferencial do grupo, a divulgação de boletins com os preços de compra e venda da castanha. “Até então, boletins como esses não chegavam para as comunidades extrativistas. Essa interação entre os participantes permite, por exemplo, que extrativistas da Reserva Chico Mendes conheçam a realidade e os desafios de outros estados produtores de castanha e percebam que um problema que parece local é comum a outros lugares”, avalia. 

    Participam do Coletivo da Castanha cerca de 50 pessoas representantes de associações, cooperativas e organizações sociais de sete estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Pará e Roraima), além de representantes do Bem Diverso e pesquisadores da Embrapa. A dinâmica do grupo é baseada no compartilhamento de mensagens de texto e áudio, a partir das quais são gerados boletins informativos sobre o mercado da castanha. Entre os temas abordados estão o preço de venda, financiamento da produção, capital de giro e estoque. 

    As 34 organizações de apoio à produção e estruturação da cadeia extrativista, representadas no Coletivo da Castanha, possibilitam o alcance de aproximadamente quatro mil famílias produtoras, o que revela o potencial de abrangência das informações compartilhadas no grupo, de acordo com Relatório de Avaliação e Monitoramento elaborado pelo Projeto Bem Diverso.

    Castanhal e Bem Diverso

    Executado com recursos do Fundo Amazônia, geridos pela Fundação Banco do Brasil (FBB), o Projeto Castanhal foi aprovado em Edital Público do Ecoforte, destinado a associações de base extrativista vinculadas a unidades de conservação federais. A gestão da iniciativa, pela Associação dos Pequenos Produtores Rurais e Extrativistas Wilson Pinheiro, que representa cerca de 50 famílias de extrativistas e pequenos produtores rurais, é compartilhada com a Embrapa, por meio do projeto Bem Diverso.

    Fruto da parceria entre a Embrapa e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e desenvolvido com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), o Bem Diverso investe em ações para a conservação da biodiversidade e manejo sustentável dos recursos naturais em paisagens florestais e sistemas agroflorestais em Territórios da Cidadania localizados em três biomas brasileiros (Amazônia, Cerrado e Caatinga). O objetivo da iniciativa é gerar renda e assegurar qualidade de vida para as comunidades tradicionais e agricultores familiares.

    Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/53129176/pandemia-do-coronavirus-afeta-mercado-da-castanha-do-brasil

  • Dia de Campo na TV – Sistemas agroflorestais na reserva extrativista Chico Mendes

    Dia de Campo na TV – Sistemas agroflorestais na reserva extrativista Chico Mendes

    Publicado em 16/07/19

    Os sistemas agroflorestais combinam o plantio de espécies florestais com culturas agrícolas. Uma experiência realizada pela Embrapa Acre em parceria com o agricultor familiar João Evangelista, no seringal Porvir, localizado na Reserva Extrativista Chico Mendes, em Epitaciolândia (AC), mostra que essa alternativa produtiva é economicamente viável e proporciona ganhos ambientais.
    Instalado em dois hectares, o arranjo concilia o plantio de seringueiras, açaizeiros, castanheiras, bananeiras e culturas anuais como milho e feijão. Os cultivos consorciados registraram boa produtividade e além da renda com a produção de milho e feijão, o agricultor comercializa a produção de banana de cerca de mil cachos por ano.  
    Hoje, a propriedade do seu João é modelo na Reserva Extrativista Chico Mendes e tem comprovado a viabilidade do sistema. Outro resultado importante é a geração de informações técnicas sobre a implantação e manejo das espécies, que contribuem para ampliar o uso desses sistemas.
    O WWF/Brasil e a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista (Cooperacre) têm colaborado para a implantação de novos SAFs e avaliação técnica dos que já foram implantados. A parceria tem sido fundamental para divulgar a experiência entre os agricultores da região e estimular a adoção dessa alternativa de produção. O agricultor Severino da Silva Brito, também morador da Reserva Chico Mendes, participou de uma capacitação da Embrapa e conheceu o sistema agroflorestal do seu João.
    A disseminação dos sistemas agroflorestaias e a continuidade dessas iniciativas contam com o apoio do projeto Bem Diverso, fruto de uma parceria entre a Embrapa e o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), e tem contribuído para a disseminação do uso de SAFs na Resex.

    Liderado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília/DF), o programa desenvolve ações nos diferentes biomas do país e tem como principal objetivo conservar a biodiversidade brasileira e gerar renda para comunidades tradicionais e agricultores familiares.

    https://www.youtube.com/watch?v=DtHj7JDJUlQ

    Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/44950911/dia-de-campo-na-tv–sistemas-agroflorestais-na-reserva-extrativista-chico-mendes

  • Cooperacre participa da Gulfood, a maior feira de alimentos do Oriente Médio

    Cooperacre participa da Gulfood, a maior feira de alimentos do Oriente Médio


    Com o objetivo de buscar novos parceiros comerciais para os seus produtos, a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) participou como visitante da 23ª edição de 2018 da Gulfood, a feira mais importante do setor de alimentos do Oriente Médio. Que ocorreu de domingo (18) a quarta-feira (22) no Dubai World Trade Centre, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

    O gerente de vendas da Cooperacre, Kássio Almada, esteve presente nos cinco dias de feira. “A Cooperacre ver como oportunidade os mercados promissores da Ásia, da África e da Europa, para comercializar a Castanha do Brasil e as Polpas de Frutas da nossa região”, afirmou.

    Neste ano, a Gulfood reuniu mais de 5 mil expositores. Segundo a organização, a feira recebeu mais de 97 mil visitantes de 185 países nos cinco dias da feira, entre compradores, expositores e gente ligada à indústria de alimentos e bebidas.

     

  • Componentes do projeto Extrativismo Sustentável

    Componentes do projeto Extrativismo Sustentável

         A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre –COOPERACRE foi fundada em dezembro de 2001, atualmente congrega 36 pessoas jurídicas que representam mais de 2.400 famílias localizadas nas regionais do Alto Acre, Baixo Acre e Purus. A Cooperacre tem como missão organizar, representar, garantir a sustentabilidade da produção extrativista, agregar valor aos produtos, promover a igualdade social e econômica, respeitar os valores das populações tradicionais e os princípios da preservação da floresta.
         A Cooperativa tem com área de atuação as regionais do Alto Acre formada pelos municípios de Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri, onde inclusive está concentrada a maior produção extrativista do Estado do Acre; regional do Baixo Acre constituída pelos municípios de Acrelândia, Porto Acre, Plácido de Castro, Senador Guiomard, Capixaba, Rio Branco e Bujari; e a regional do Purus que contempla os municípios de Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus.
         Atualmente, a Cooperativa é uma beneficiaria de um projeto apoiados pelo Fundo Amazônia, no qual o BNDES concede a Cooperacre, por meio do Contrato de Concessão de Colaboração Financeira não Reembolsável nº 14.2.0865.1, no valor de R$ 5.081.703,00 (cinco milhões, oitenta e um mil, setecentos e sessenta e três reais), destinados a contribuir para o fortalecimento das cadeias de castanha-do-brasil e de polpa de fruta, no Estado do Acre, por meio: i) da recuperação de áreas degradadas e/ou alteradas localizadas em pequenas propriedades ou posses rurais familiares; ii) da otimização da logística de armazenamento de castanha-do-brasil e do transporte de frutas; iii) da melhoria do processo de beneficiamento da castanha-do-brasil; iv) da agregação de valor e diversificação dos produtos; v) da melhoria da estratégia de comercialização dos produtos; e vi) da capacitação da rede de filiados. A seguir, serão apresentados os nove componentes do projeto:

    1 – Otimização do armazenamento da Castanha – do – Brasil in natura e do transporte e acondicionamento de frutas
    2 – Fortalecimento da Certificação Orgânica da Castanha – do – Brasil
    3 – Recuperação de áreas degradas e/ou alteradas em colocações de famílias associadas, localizadas nas regionais Alto Acre, Baixo Acre e Purus
    4 – Estruturação de Serviços e Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) 
    5 – Otimização do processo de Secagem e da geração de energia térmica para a produção de Castanha – do – Brasil 
    6 – Desenvolvimento de estudos de mercado
    7 – Formação e Capacitação

    8 – Comunicação e Marketing  
    9 – Gestão do Projeto

  • Cooperacre realiza encontro anual para cooperados e associações na Capital

    Cooperacre realiza encontro anual para cooperados e associações na Capital

    Evento ocorre pelo segundo ano consecutivo e reúne mais de mil pessoas na Capital acreana

    Reunidos na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac), a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) realizou nesta sexta-feira (25) o encontro anual para todos os associados, reunindo mais de mil pessoas para um dia de atividades e confraternização.

    undada em dezembro de 2001, a Cooperacre atende, através de 36 cooperativas e associações, mais de duas mil famílias extrativistas nas regionais do Alto Acre, Baixo Acre e Purus. No Brasil, seus produtos são vendidos para mais de 20 Estados, dentre eles São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e outros.

    Manoel Monteiro, superintendente da Cooperacre, agradeceu a participação de todos os envolvidos, destacando a importância dos momentos de confraternização: “Esperamos que todos os nossos associados aproveitem este momento, que fortalece a união dentro da Cooperativa”.

    Durante a celebração, serão realizados sorteios de brindes, atividades para as crianças e diversas atividades lúdicas, como a escolha da Miss e do Mister Extrativismo. “Trabalho há seis anos dentro da Cooperacre, e aprecio todo esse movimento feito para nos propiciar essa descontração”, afirmou Antônio Teixeira, de 57 anos, produtor rural de borracha e castanha do município de Xapuri.

    Socorro Neri, vice-prefeita de Rio Branco, afirmou a importância da celebração: “A Cooperacre é parceira de nossas ações, então é importante que estejamos juntos para que os cooperados tenham melhores condições de vida e de trabalho”.

    Presidente e fundador da Cooperacre, Manoel José da Silva reafirmou durante o evento o compromisso que existe com cada um dos associados. “Queremos que todos vejam esta sociedade como uma grande família. Todos devem colaborar para o melhor funcionamento de nossa Cooperativa”, destacou Emanoel.

  • Cooperacre inaugura nova Indústria da Borracha em Sena Madureira

    Cooperacre inaugura nova Indústria da Borracha em Sena Madureira


    Esta é a sexta filial que a Cooperacre passa a gerir no estado movimentando mais de 50 milhões de reais por ano com castanha

    A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), em parceria com o Governo do Estado, inaugurou na terça-feira (2) mais uma indústria. Desta vez, o novo empreendimento será de beneficiamento de borracha e esta localizado no município de Sena Madureira.

    A indústria de borracha é fruto de um investimento de mais de R$ 7 milhões entre recursos do Estado e da própria Cooperativa que vai gerir o negócio. Ao todo, mais de duas mil famílias da região serão

    Esta é a sexta filial que a Cooperacre passa a gerir no estado movimentando mais de 50 milhões de reais por ano com castanha, polpas de frutas e borracha. Para o presidente da entidade, Manuel José, que está em sua sexta gestão à frente da cooperativa, é um momento de felicidade e realização: “Para quem vê de onde começamos este é um momento inimaginável, nós começamos de baixo, mas com muita luta e graças a Deus chegamos até aqui, graças a uma equipe empenhada e muito esforço de cada um dos cooperados”, destacou.
    O Governador Tião Viana afirmou que este é um marco para a cultura extrativista no Estado: “A Cooperacre está crescendo. Nós saímos de uma participação inexpressiva da indústria na economia acreana. Hoje temos mais de 20% de participação do setor industrial e, se continuarmos a seguir esse caminho, vamos ter em menos de dez anos mais de 50% de participação na economia de um Estado de tradição extrativista e surgido na cultura da seringueira e da castanha. Isso dá uma esperança enorme no futuro”.

    “Uma indústria como esta aposta em um município e em uma economia que muita gente dizia que não dava mais certo, como é o caso da borracha”, afirmou o Secretário de Indústria e desenvolvimento Social, Sibá Machado.
    O gerente de produção da nova indústria, Jorge Rasniviski, explica que a fábrica trabalha com o material em CVP (Cernambi Virgem Prensada) ou CVG (Cernambi Virgem Prensada): “Ele entra na indústria de uma dessas duas formas e passa por todo o maquinário e já sai daqui prensado como GEB (Granulado Escuro Brasileiro) ”.

    Além disso, o gerente afirma que o local já emprega neste primeiro momento 20 trabalhadores efetivos e tem capacidade para processar toda a borracha produzida na região: “Ela funciona com capacidade de mil quilos por hora”.

  • Cooperacre promove Seminário e inaugura Casa do Extrativista em dia de homenagens a Chico Mendes

    Cooperacre promove Seminário e inaugura Casa do Extrativista em dia de homenagens a Chico Mendes

    "Lembro de Chico, da nossa luta, hoje esta cooperativa é tudo que nós lutamos para ter", disse emocionado, o presidente Manoel José
    Na manhã desta sexta-feira (10), membros da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) participaram do “1º Seminário dos Extrativistas da Cooperacre”, que ocorreu no Salão Paroquial as Igreja de São Sebastião, em Xapuri. Para abrir o evento, que contou com a presença de vários sindicatos dos municípios acreanos, a Cooperacre ofereceu um farto café da manhã aos participantes.
    Estiveram presentes representantes da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema) e Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Banco da Amazônia (Basa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além da Prefeitura de Xapuri, deputados, vereadores e o senador Jorge Viana. “Faz muito tempo que eu não vejo um grupo desses reunido como aqui, quem tá aqui é gente que trabalha em uma organização para poder ter emprego e ter uma economia”, disse Jorge Viana.

    “É um dever nosso promover eventos assim, precisamos ficar unidos, nós estando juntos é vamos colocar o Brasil pra frente, a nossa luta continua”, declarou o presidente da Cooperacre Manoel José. Foram tratados temas a respeito do uso do Latex, seu ciclo de vida, benefício de subvenção estadual, política de preços para os produtos oriundos do extrativismo, infraestrutura de ramais e projetos nos quais puderam entender melhor cada ponto e tirar duvidas com os representantes dos órgãos e entidades.

    Após o seminário foi oferecido um almoço aos participantes que no período da tarde participaram da solenidade de inauguração da Casa do Extrativista de Xapuri, que ficará em frente à casa onde Chico Mendes foi assassinado, em um terreno que pertencia à sua viúva.

    Casa do Extrativista

    A Casa do Extrativista foi inaugurada no início da tarde desta sexta-feira (10) reunindo representantes da Cooperacre, associados e autoridades. Lideranças antigas também estiveram presentes para o momento histórico para a Cooperativa.

    Foi em Xapuri que a história do extrativismo teve início no Acre. A sua história chega a se confundir com a história de Chico Mendes, líder dos seringueiros morto em 1988. Chico lutava em defesa do ideal de preservação da floresta Amazônica e do direito dos demais seringueiros.

    “Esta é a primeira vez em muitos anos que vou falar do Chico, eu sempre me emocionei e me emociono em falar dele, eu hoje estou idoso já, mas lembro de Chico, da nossa luta, hoje esta cooperativa é tudo que nós lutamos para ter. A Cooperacre é uma central de cooperativa que segue trabalhando há 15 anos no Acre, resultado de uma luta que começou com ele”, disse emocionado o presidente Manuel José.

    Durante a solenidade, Chico foi lembrado e homenageado pela luta que travou em favor dos seringueiros. “Nós temos que honrar o nome de Chico Mendes, que lutou pelo que temos hoje, morreu pelos nossos ideais e foi o percussor do que construímos hoje, Chico foi um dos maiores extrativista que tivemos”, afirmou Raimundão, uma das figuras lendárias do extrativismo que lutou ao lado de Chico Mendes.


    O Secretário de Meio Ambiente do Acre, Edgard de Deus, também lembrou do líder seringueiro ao falar da história do extrativismo no Acre: “Temos que valorizar a história de cada um dos extrativistas e seringueiros, pois precisamos trabalhar o futuro das áreas extrativistas. A Cooperacre é um dos principais produtos da luta de Chico Mendes e nós temos a obrigação de apoiar”.

    No evento, lideranças antigas e de grande representatividade para a classe foram homenageadas. A nova Casa dos Extrativistas é a sexta filial da Cooperacre no Estado, em um espaço amplo conta com uma lojinha para venda de produtos fabricados pela associados, ambiente climatizado, auditório, área de convivência e lanchonete.


    Cooperacre


    A Cooperacre é uma cooperativa de comércio e indústria de produtos florestais que hoje agrega outras 32 associações e cooperativas dedicadas a atividades extrativistas como coleta da castanha, extração da borracha e do óleo de copaíba, que eles também vendem para as indústrias.
    Sua fábrica gera 199 empregos diretos na produção, mais 13 na comercialização e beneficia quase duas mil famílias ligadas às 32 associações e cooperativas com as quais trabalham em rede. Isso tudo com o objetivo de trabalhar pelo desenvolvimento econômico de atividades agroflorestais sustentáveis dos pontos de vista ambiental, econômico e socialmente justo.
     

  • Cooperacre valoriza extrativismo sustentável e realiza capacitação de produtores rurais em Tarauacá

    Cooperacre valoriza extrativismo sustentável e realiza capacitação de produtores rurais em Tarauacá

    A ação foi apoiada pela projeto “Extrativismo Sustentável”, do BNDES/Fundo Amazônia, que visa o fortalecimento da economia de base florestal e da agricultura familiar

    Com o objetivo de valorizar o extrativismo sustentável e o trabalho dos extrativistas do interior do Acre, a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), em parceria com a Cooperativa Agroextrativista de Tarauacá (Caet) realizou, no município de Tarauacá, uma capacitação com de 25 produtores rurais em Sistemas Agroflorestais.

    Os Sistemas Agroflorestais são arranjos produtivos que possibilitam o plantio de cultivos agrícolas, juntamente com espécies frutíferas e florestais na mesma área, garantindo uma produção a curto, médio e longo prazo.

    A capacitação foi uma ação apoiada pela Projeto “Extrativismo Sustentável”, do Banco Nacional do Desenvolvimento (Bndes) – Fundo Amazônia, que visa o fortalecimento da economia de base florestal e da agricultura familiar com a implantação de 2ha com Sistemas Agroflorestais em 258 propriedades rurais, totalizando 516 ha em propriedades rurais nas regionais do Alto Acre, Baixo Acre e Purus.

    Em aulas teóricas e práticas, os extrativistas de Tarauacá conheceram um pouco mais sobre a utilização dos Sistemas Agroflorestais para a recuperação de áreas já desmatadas, sejam áreas de Reserva Legal (RL) ou Áreas de Preservação Permanente (APP).

    “Uma ação de parceria como esta contribui em muito para o fortalecimento na agricultura familiar no município, aprendemos muito sobre os princípios de combinação de plantas”, conta Erismar de Souza, da Caet.

    Em um Sistema Agroflorestal, os princípios de sustentabilidade da floresta são utilizados na combinação dos consórcios que se assemelham em estrutura e função, com alta diversidade de espécies pertencentes a diferentes grupos da sucessão ecológica das espécies, procurando ocupar alturas e espaços diferentes ao longo do tempo. Com a capacitação, a Cooperacre reafirma seu compromisso com o extrativismo no Acre e valoriza o produtor do interior, que participa cada vez mais da história da cooperativa que é reconhecida internacionalmente pelo trabalho que faz.

  • Cooperacre realiza confraternização com seus associados neste sábado

    Cooperacre realiza confraternização com seus associados neste sábado

    Os cooperados puderam participar também de torneios de futebol, campeonatos de dominó, sinuca, apresentações de Forró, calouros e escolha da Miss Extrativista
    A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) realizou neste sábado (24) um dia de lazer na sede da entidade para aproximadamente 1.500 associados, familiares e outros convidados.

    Participaram associados das 32 cooperativas acreanas que integram a Cooperacre, eles foram recepcionados com um café da manhã e agradecimentos do presidente Manoel José, o vice Manoel Monteiro, o Secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lourival Marques, e ainda do superintendente Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Acre (Mapa), Luziel Carvalho.

    “Nós fizemos este evento para que todos os cooperados tenham a oportunidade de se encontrar, para que eles se olhem e se reconheçam, percebam a força da cooperativa” relatou o presidente da Cooperacre.

    O Superintendente do Mapa reconheceu a importância que a cooperativa tem para o desenvolvimento do Estado do Acre: “A cooperacre já produz diversos produtos e está bem estruturada, aproveitei a oportunidade hoje e lancei um desafio de exportar os produtos para fora do país! Acredito que chegou a hora de abranger o mercado internacional”, declarou Luziel Carvalho.

    Durante a festa, que se entendeu até as 10 hora da noite, foram distribuídos 8 quadriciclos para diferentes associações, além destes, a Cooperacre já distribuiu pelo menos outros 5 mil que estão colaborando com o trabalho dos extrativistas acreanos.

    Os cooperados puderam participar também de torneios de futebol, campeonatos de dominó, sinuca, apresentações de Forró, calouros e escolha da Miss Extrativista. Tudo com premiações que vão desde troféus até premiação em dinheiro.

    No bingo, os participantes concorreram a brindes como televisores, celulares rurais, entre outros. As associações também participaram de um grande sorteio no valor de R$ 10 mil, divididos entre 5 comunidades diferentes.

    O vice presidente, Manoel Monteiro, disse que a confraternização foi realizada com muita dedicação pela Cooperacre para que todas as associações de diversos locais tenham a oportunidade de se encontrar e trocar informações: “A Cooperacre tem uma estrutura muito grande para poder atender todos esses trabalhadores em uma confraternização como esta, as comunidades que estão localizadas tão distantes conseguem se encontrar, interagir, entender melhor como funciona a cooperativa, esta é a penas a primeira de muitas” .

  • Cooperacre conquista registro de produtos orgânicos para castanha e açaí; lançamento será na ExpoAcre

    Cooperacre conquista registro de produtos orgânicos para castanha e açaí; lançamento será na ExpoAcre

    A Cooperacre agora está oficialmente com registro de 'orgânico' em dois dos seus principais produtos: a Castanha do Brasil e o Açaí

    Com o crescimento e procura do mercado por produtos que fazem bem à saúde e melhoram a qualidade de vida, a busca pelos produtos orgânicos tem crescido expressivamente. A Cooperacre agora está oficialmente com registro de ‘orgânico’ em dois dos seus principais produtos: a Castanha do Brasil e o Açaí, estando assim habilitada à exportação para os mercados europeu e norte-americano, o que agrega ainda mais valor ao produto extrativista, com a responsabilidade de oferecer ao consumidor produtos de qualidade.

    A cooperativa está agora focada nas certificações para atender as exigências do mercado externo, tendo em vista que oferece os dois melhores produtos da Amazônia e que precisa expandir-se ao resto do mundo. O lançamento oficial dos produtos será realizado durante a Expoacre 2016.