Dia: 3 de janeiro de 2016

  • Com mais de 2,5 mil famílias associadas, Cooperacre fortalece extrativismo no estado

    Com mais de 2,5 mil famílias associadas, Cooperacre fortalece extrativismo no estado


    Já se vai mais de uma de década que a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) alavancou social e economicamente milhares de famílias no estado.

    Com a valorização, sobretudo, da castanha, os extrativistas passaram a colher e vender o produto diretamente para a central, a um preço mais alto e justo.

    Assim, comunidades começaram a desenvolver as próprias associações para dar celeridade ao processo de venda. Atualmente, a Cooperacre conta com 2.500 famílias sócias em todo o estado.

    Mesmo com o foco sempre no mercado local, a castanha industrializada do Acre já chegou à Escócia aos Estados Unidos, por intermédio da central. De acordo com o superintendente Manoel Monteiro, estima-se para 2016 que as vendas sejam ampliadas para a Europa e América Central.

    Nacionalmente, o produto já é comercializado em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e outros estados, contemplando as regiões Sul e Sudeste. Outrora, a castanha que saia daqui como matéria-prima hoje sai totalmente processada.

    Com a industrialização, o trabalho, que antes podia ser feito por até cinco pessoas, agora é realizado por centenas delas empregadas diretamente e milhares, indiretamente. “A castanha chegava ao local para onde mandávamos, e lá é que iam agregar valor a ela, lá é que se geravam empregos e lá ficavam todos os lucros. Hoje, não: geramos empregos e receitas que ficam aqui”, frisa Monteiro.

    As indústrias capitaneadas pela Cooperacre, no momento, dão conta do beneficiamento de toda a castanha produzida no estado e ainda recebem o produto in natura de Rondônia e Amazonas. Além desses, foram feitos contatos com Pará e Amapá. “Estamos fazendo o caminho inverso”, completa.